Quer Comprar ou Vender Casa? Saiba como Evoluiu o Mercado no Primeiro Trimestre

Quer Comprar ou Vender Casa? Saiba como Evoluiu o Mercado no Primeiro Trimestre

Quer Comprar ou Vender Casa? Saiba como Evoluiu o Mercado no Primeiro Trimestre 150 150 Hipoges

Ainda que apresente um elevado número de transações desde 2009, o mercado imobiliário em Portugal está longe de ser o mais dinâmico no que toca à relação entre a procura e a oferta. Somente 15% dos apartamentos e 9% das moradias são vendidas em menos de 30 dias – uma realidade pouco comum neste mercado. Na verdade, cerca de 30% dos apartamentos e 43% das moradias estão à procura de comprador há mais de um ano. Este é evidentemente “um sinal preocupante de que parte da oferta, aparentemente, não se encontra adequada a uma procura imobiliária cada vez mais exigente e que, paralelamente, existe oferta que precisa de se reposicionar em termos de valor, sob pena de não ser absorvida, de todo, pelo mercado”.

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O estudo desenvolvido pela Keller Williams Portugal reporta estes e outros valores, com o objetivo de mostrar a evolução do mercado imobiliário nacional no decorrer do primeiro semestre de 2019. O “Portugal Real Estate Insights” teve como base diversas fontes internas, nacionais e internacionais que permitiram chegar a várias conclusões quanto à evolução do mercado no primeiro trimestre de 2019:

Número de empresas em atividade no ramo de Mediação Imobiliária

Este número aumentou para 6.864 empresas. Os dados são de junho deste ano, o que retrata um crescimento de perto de 14% em termos homólogos e cerca de 51% face à referência de junho de 2016.

Expectativas de compra ou construção nos próximos 12 meses

O estudo destaca que, apesar de o indicador se encontrar negativo desde o início da série, o primeiro trimestre de 2019 obteve os melhores resultados observados desde janeiro de 2008. A KW, ainda assim, considera que se trata de um valor em contra-ciclo com a perceção de uma certa desaceleração económica, mas também influenciado pelas historicamente baixas taxas de juro e a antecipação de uma ligeira descompressão nos preços de mercado.

Esta descompressão que segundo a empresa será fruto não só das dinâmicas entre a oferta e a procura como pela introdução de novo produto licenciado nos últimos anos e que em breve fará parte do leque de oportunidades à disposição de famílias e investidores.

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Volume dos novos créditos à habitação concedidos pelos bancos

Nos primeiros quatro meses do ano, o volume de novos créditos concedidos atingiu 3.155 milhões de euros, representando um crescimento de 6,3% face ao período homólogo.

Estes dados demostram que apesar nos encontrarmos perante uma moldura legal para conceção de crédito mais exigente, os valores elevados do mercado imobiliário influenciam o aumento deste indicador.

Transações Imobiliárias

Ainda que se observe uma ligeira desaceleração face aos trimestres anteriores (na Área Metropolitana do Porto em particular), o primeiro trimestre do ano assegurou valores máximos desde 2009 o que se traduz num crescimento de 7,6% em transações habitacionais  face ao primeiro trimestre e de 12,9% em termos de valor global transacionado para o mesmo período.

Avaliação Bancária

Com o máximo histórico alcançado no passado mês de maio (1264€/m2) este valor representa um crescimento de 9,1% em termos homólogos. Este indicador é visto como uma espécie de barómetro por indicar a forma como as instituições financeiras estão a encarar o dinamismo do próprio mercado. O facto de a avaliação bancária seguir a tendência dos preços de mercado é um bom sinal pois indica que, em princípio, não existe qualquer tipo de bolha ou movimento especulativo a inflacionar os preços de mercado solicitados pelos proprietários.

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Dinâmica das autorizações de residência para investimento (ARI – Vistos Gold)

Ainda que o mês de junho tenha assegurado um bom dinamismo neste segmento com 118 novas autorizações de residência concedidas, comparando com o mesmo período do ano anterior, o número de investidores continua a diminuir (menos 23,9% do que no primeiro semestre de 2018). Não é assim possível antecipar qualquer tipo de variação no aparente desinteresse que os investidores estrangeiros têm evidenciado nos últimos 3 anos, em relação a este veículo imobiliário.