No primeiro trimestre deste ano, volume de investimento em imobiliário nacional, arrecadou um total de 575M de euros, sendo que 80% tiveram origem internacional e 20% origem portuguesa. Segundo a consultora JLL, este número demonstra uma quebra de cerca 63% face ao período homólogo. No entanto, os valores deste segundo trimestre de 2021 estão 57% acima daquilo que foi registado no trimestre anterior.
Num comunicado, a JLL afirma que o setor dos escritórios ficou com cerca de 45% do investimento e os segmentos alternativos com 37% – resultado da venda de um portefólio residencial com mais de 2.000 unidades. Por outro lado, o retalho assume uma pontuação de 15%. Entre os principais negócios deste primeiro semestre de 2021, está incluída a venda da Makro em Alfragide.

De acordo com a JLL, a atividade nos diferentes setores irá aumentar, pelo que o investimento em imobiliário nalguns setores até agora mais adormecidos seguirá o exemplo. “Existe procura real para os escritórios e para habitação, e no que respeita ao investimento, Portugal está muito bem posicionado para disputar a elevada liquidez disponível a nível internacional“, afirma Pedro Lancastre, CEO da JLL, num comunicado feito pela consultora. Na área do investimento imobiliário, destacam-se os escritórios e a logística, que continuam a ser os principais ativos para os investidores. Ainda assim, denotou-se um maior interesse pelo retalho alimentar e pelos segmentos alternativos, tais como as residências de estudantes e seniores ou a habitação para arrendamento.
A consultora prevê, ainda, que o volume de investimento total feito neste ano possa ultrapassar os 2.500M de euros, “impactado por um dos maiores portefólios com grande exposição a ativos hoteleiros, que se perspetiva que seja transacionado este ano“, conclui.

Fonte: Jornal de Negócio