No passado dia 25 de outubro teve lugar, em Verona, a 12.ª edição do evento NPL&UTP, organizado pelo Centro Studi Alma Iura. Nesta ocasião, a Hipoges participou ativamente na mesa-redonda dedicada aos créditos com garantia pública, com a intervenção do nosso Chief Business Development Officer, Luigi Izzo, que partilhou a sua visão sobre a gestão especializada de carteiras e a importância da colaboração entre entidades privadas e organismos públicos garantes.

O encontro decorreu num momento particularmente relevante para o setor bancário e de investimento, em que a gestão de créditos garantidos, a cedência de ativos e a colaboração entre instituições financeiras e organismos de garantia assumem uma importância crescente. Os debates centraram-se em modelos integrados de governance, eficácia operacional, riscos jurídicos emergentes e o papel fundamental de entidades como o MCC – Mediocredito Centrale e a SACE S.p.A.

Durante a intervenção de Luigi Izzo, foram abordados diversos pontos críticos:
- Gestão in-house de créditos garantidos: da perspetiva da Hipoges, destacou-se como uma estrutura interna bem dimensionada permite uma supervisão mais granular, uma maior rapidez de resposta operacional e um alinhamento mais rigoroso com os objetivos de recuperação. Contudo, alertou-se para o risco de ineficiências quando essa gestão não é acompanhada por uma governance clara, processos normalizados e plataformas tecnológicas adequadas.
- Cedência de créditos garantidos: discutiram-se os principais fatores a considerar para decidir entre manter os créditos em carteira ou proceder à sua cedência. Luigi Izzo sublinhou que, mais do que o valor ou o preço, é essencial avaliar o perfil de risco, a qualidade da garantia, a capacidade de gestão e os requisitos de transparência exigidos pelos investidores.
- Desafios jurídicos das garantias em contencioso: evidenciou-se que a evolução da jurisprudência exige um rigor documental cada vez maior, clareza contratual e uma monitorização contínua de possíveis contingências legais.
- Colaboração entre garantes e garantidos: Luigi Izzo destacou a necessidade de evoluir do “silêncio procedimental” para um diálogo operativo ativo. Neste sentido, a parceria com o MCC e a SACE — enquanto garantes públicos — representa uma alavanca essencial para otimizar processos, reduzir custos administrativos e melhorar os resultados de recuperação.
- Rumo a um modelo integrado de gestão: foram também partilhadas experiências sobre estruturas de governance colaborativas, plataformas baseadas em dados e interoperabilidade entre bancos, gestores e entidades garantes. A proposta assenta num ecossistema em que todos os intervenientes atuam com normas comuns, métricas partilhadas e fluxos de informação eficientes.
A mesa-redonda constituiu um espaço altamente construtivo, com um elevado nível de interlocução e múltiplas oportunidades de networking com instituições bancárias, sociedades de advogados, fornecedores tecnológicos e entidades de garantia. Para a Hipoges, a participação foi uma excelente oportunidade para reforçar o seu posicionamento como parceiro estratégico na gestão de ativos garantidos e aumentar a visibilidade da sua especialização no mercado italiano e europeu.
Convidamo-lo a ler outros artigos relevantes no nosso blog.