Setor Imobiliário de Investimento Como Mais Provável de Vencer a Crise Pandémica

Setor Imobiliário de Investimento Como Mais Provável de Vencer a Crise Pandémica

Setor Imobiliário de Investimento Como Mais Provável de Vencer a Crise Pandémica 768 433 Hipoges

Durante a I Conferência da Promoção Imobiliária em Portugal, providenciada pela Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), o presidente executivo do Millennium BCP, Miguel Maya, afirmou que o setor do imobiliário residencial seria um dos “prováveis vencedores” desta crise dada ao novo coronavírus, frisando a importância que o investimento nesse setor representa. 

 O presidente executivo do Millenium BCP, Miguel Maya, no passado dia 8 de Setembro, enalteceu o setor imobiliário de investimento, durante a conferência da APPII, com organização da Vida Imobiliária, prevendo que não só é prioritário o investimento no setor imobiliário, principalmente de habitação, mas também que não se esperam baixas ao nível dos preços. 

Explicando como todos os setores sentiram o impacto da pandemia de diferentes formas, principalmente devido às soluções criadas e a criar, Miguel Maya seguiu dizendo que o setor imobiliário é um dos que o sentiram de forma menos negativa, tanto a nível nacional, como internacional. Apesar de se ter notado um abrandamento no pedido pelo crédito à habitação, Maya afirma ainda que “a procura não se evaporou, principalmente porque os investidores têm “perspectivas de forte retoma económica após a vacina” e a noção de que esta crise deve-se apenas à pandemia e não a qualquer outro fator económico. 

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Não são previstas descidas de preços

O presidente executivo do BCP mencionou, também, que não se perspetiva uma descida de preços no mercado imobiliário, até porque a oferta em Portugal continua a não ser excessiva, explicando que a evolução na oferta e no emprego torna o setor e o investimento nele posto como prioridades de maior importância para a economia, sendo, também, que as taxas de juros vão estar mais baixas por um maior período de tempo. Acrescenta ainda que não subscreve “a tese da existência de uma bolha transversal no [setor] imobiliário em Portugal”.  

Em relação segmento dos escritórios e espaços comerciais, Miguel Maya mostrou-se mais conservador, pois, como explica, a crise pandémica demonstrou uma mudança de tendências que nos mostraram um aumento exponencial do contacto tecnológico, tornando obsoletos alguns espaços físicos de trabalho e comércio. No entanto, o presidente executivo acredita num maior investimento em infra-estruturas e suportes logísticos, não só pela mesma razão que os estabelecimentos comerciais veem o seu possível declínio, mas também porque, nos dias que correm, existe um maior investimento em projetos que visam dar primazia à sustentabilidade e a eficiência energética. Maya assegurou também que existirá um privilegiamento dos projetos de maior sustentabilidade ambiental e dos projetos imobiliários que se demonstrem estruturalmente viáveis e capitais próprios convenientes. 

Ao finalizar, Miguel Maya fez questão de destacar que, apesar de todas as pandemias têm fortes consequências sobre o consumo, o comportamento e o investimento, “o importante é perceber a nova dinâmica, (…) a nova normalidade”, olhando para o setor imobiliário como um que tem vários caminhos que poderá seguir nos anos vindouros. 

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Fonte: ObservadorIberinmo