Malparado Desce e Rendibilidade Aumenta na Banca

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Malparado Desce e Rendibilidade Aumenta na Banca

Malparado Desce e Rendibilidade Aumenta na Banca 865 499 Hipoges

A banca assistiu a uma melhoria da qualidade de crédito no terceiro trimestre do ano anterior. O setor conseguiu diminuir o nível de malparado e o montante destes empréstimos em situação de regularização duvidosa. Ainda, os bancos portugueses conseguiram melhorar os seus rácios de rendibilidade, segundo conta o recente relatório do Banco de Portugal (BdP) sobre o sistema bancário português relativo ao terceiro trimestre do agora ano passado.

De acordo com a informação passada pelo BdP, o rácio bruto de empréstimos não produtivos (NPL, ou crédito malparado) reduziu de 0,3 pontos percentuais para 4%, enquanto o rácio de malparado líquido de imparidades recuou 0,1 pontos percentuais para 1,8%. A diminuição do volume de NPL contribui para este decréscimo, que totalizava 13.044M€ no final de setembro de 2021, face aos 13.469M€ registados no final de junho.

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O final de 2021 foi marcado, na Banca, por uma ligeira descida de NPLs e subida da rendibilidade

Malparado e rendibilidade nos bancos nacionais

O relatório do BdP afirma ainda que “o rácio de cobertura dos NPL por imparidades aumentou 0,2 pontos percentuais, para 55,7%, em resultado da diminuição dos NPL, compensada por uma redução relativamente menor das imparidades acumuladas“.

Quanto à rendibilidade, a banca continuou a possibilitar a evolução positiva dos trimestres anteriores. De acordo com o BdP e o seu relatório sobre a banca nacional, a rendibilidade do ativo (ROA) aumentou 0,31 pontos percentuais face ao período homólogo, passado a 0,46% nos três primeiros trimestres do ano agora anterior.

A rendibilidade do capital próprio (ROE) aumentou 3,7 pontos, situando-se em 5,4%. O BdP afirma que o aumento do ROA dá-se por causa da “diminuição das imparidades para crédito e, em menor grau” e do “aumento dos resultados com operações financeiras“.

O custo do risco de crédito diminuiu 0,63 pontos para 0,37%, “após o aumento significativo em 2020 associado ao surgimento da pandemia“. Por sua vez, o rácio cost-to-income baixou cerca de 4 pontos face ao período homólogo, passando a 53,3%, justificado sobretudo pelo aumento dos resultados com operações financeiras.

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A evolução da rendibilidade dá-se, sobretudo, à diminuição do malparado e ao aumento das operações financeiras

Fonte: Jornal de Negócios