Até 2021, os Grandes Bancos Apostam na Redução Para Metade do Crédito Malparado

Até 2021, os Grandes Bancos Apostam na Redução Para Metade do Crédito Malparado

Até 2021, os Grandes Bancos Apostam na Redução Para Metade do Crédito Malparado 150 150 Hipoges

Reduzir o crédito malparado para 10% da carteira até 2021 é a intenção dos seis maiores bancos com empréstimos problemáticos. Em relação ao nível registado em 2016, é pouco menos de metade.

Avança a Comissão Europeia, naquela que foi a sétima avaliação pós-programa de assistência a Portugal, que estes bancos no ano de 2016 tinham em incumprimento 22% dos empréstimos concedidos. O que significa que a nível nacional, a banca se compromete em conseguir alcançar uma redução de pouco mais de metade o nível de crédito malparado no seu balanço em cinco anos.

Os seis bancos que apresentam maiores problemas no balanço apresentaram ao Banco de Portugal, aquelas que são as suas estratégias para a redução do crédito malparado.

Embora o documento da Comissão não indique quais os bancos que nele constam, acredita-se que a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Novo Banco e o Montepio estejam presentes no mesmo. A venda de créditos a desconto, o que significa uma limpeza no balanço, bem como, as recuperações via insolvências e execuções estão entre as medidas apresentadas para a redução do crédito malparado.

Existe uma plataforma de gestão integrada de créditos de empresas, a esta plataforma aderiram o BCP, o Novo Banco e a Caixa Geral de Depósitos, esta também será uma das estratégias para “atacar” o malparado.

O Banco de Portugal e o Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu, consideram estes planos “ambiciosos, mas realistas”, consideram também que a execução dos mesmos está dentro do calendário previsto.

Os sinais positivos na banca portuguesa são reconhecidos pela Comissão Europeia na sua avaliação à situação de Portugal, é de destacar a retoma da economia, a estratégia que visa a redução do crédito malparado e os acionistas que em alguns bancos portugueses reforçaram os capitais.

A Comissão Europeia admite “Ainda assim, as vulnerabilidades acumuladas antes e durante a crise continuam bem presentes no sistema e a afetar o negócio do dia à dia”. O atual contexto deve então de ser aproveitado pelos bancos para que essas vulnerabilidades sejam minimizadas. É dito por Bruxelas que as rentabilidades são enfraquecidas pelos créditos problemáticos que constam no balanço, bem como as “almofadas” de capital que continuam abaixo dos outros países da união.

O facto de existirem bancos com lucros e outros com prejuízo, é também destacado pela Comissão, dadas as grandes diferenças existentes.

Foi registado por Bruxelas que os bancos conseguiram reduzir os custos operacionais em 2017.

O número de agências foi reduzido para menos de 50 por 100 mil habitantes, ainda assim, é o dobro da média da União Europeia. O que está mais equiparado com a média da União Europeia é o número de empregados por habitante.

O investimento em tecnologias digitais terá de ser forte, pois apesar das reduções de custos  “tangíveis” já alcançadas o esforço tem de continuar à medida que o negócio é transferido para os canais online.