Crowdfunding no Imobiliário Português

Crowdfunding no Imobiliário Português

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Crowdfunding, ou financiamento coletivo, é um termo cada vez utilizado nos dias de hoje para descrever uma modalidade de investimento onde várias pessoas investem quantias de dinheiro em determinada ideia de negócio, através de doações anónimas frequentemente virtuais.

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Esta modalidade, que tem ganho expressão em Portugal, é responsável pela concretização de várias ideias e negócios que vão desde o meio empresarial a iniciativas de cariz social ou cultural.

Um dos setores em que o financiamento coletivo tem sido uma grande aposta é o do imobiliário, onde diversos projetos recorrem a esta forma de financiamento para ver os seus projetos realizados.

Portugal segue este padrão ao registar cinco plataformas de crowdfunding na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) – duas delas exclusivamente dedicadas a projetos imobiliários, a Izilend e a Querido Investi.

Evolução do Financiamento Coletivo

O mercado de financiamento coletivo começou a ganhar mais visibilidade em Portugal com a entrada da PPL, a plataforma que originou fundos para a greve dos enfermeiros. Esta situação gerou polémica no início deste ano por falta de conhecimento geral relativamente à origem destes fundos de financiamento.

Foi em 2017 que se deu o “boom” deste mercado que cresceu, só nesse ano, 36% com 597 plataformas em toda a Europa. No continente europeu o mercado de crowdfunding vale mais de dez mil milhões de euros e em Portugal já ultrapassou os nove milhões ao ano.

Já no setor imobiliário, este tipo de financiamento tem crescido, mas com menos expressão do que, por exemplo, o nosso país vizinho. Em Espanha já existem mais de cem empresas de crowdfunding exclusivamente criadas para financiar projetos de imobiliário.

Em Portugal, com a autorização do registo das plataformas Housers e Seedimo, por parte da CMVM, metade das plataformas de crowdfunding passam a ser representadas pelo setor imobiliário. Por agora, encontram-se registadas a Querido Investi numa Casa! que aceita investimentos a partir dos 50 euros; e a Izilend, dedicada a crowdfunding de imobiliário de curto prazo.

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Quanto às condições de investimento deste tipo de financiamento, cada campanha de crowdfunding não pode obter mais de um milhão de euros em capital ou empréstimos. As campanhas estão abertas a empresas ou investidores particulares com rendimento anual igual ou superior a 70 mil euros, que queiram investir até cinco milhões de euros em projetos. Quem não se insere neste grupo, só poderá gastar até três mil euros por oferta ou dez mil euros no período de 12 meses.