Se as ferramentas digitais já eram consideradas uma mais valia no mundo dos negócios, agora que vivemos uma pandemia estas ferramentas viram o seu crescimento exponencial. E o setor imobiliário não ficou de fora, sendo que teve que rapidamente adaptar-se ao mundo digital e às necessidades dos consumidores.
Se 2020 foi o ano de adaptação para o digital por parte do setor imobiliário, então 2021 torná-los-á melhores amigos. Segundo a consultar Imovendo e o seu estudo mais atual, o crescimento do tráfego nos principais portais imobiliários digitais cresceu quase 23%.
No entanto, muitas imobiliárias viram cair o tráfego nas suas páginas até cerca de 4,1%. Isto, segundo a Imovendo, significa que a adaptação à realidade pandémica (e consequente necessidade de atualização digital) não foi conseguida de forma eficaz, de modo a ir de encontro com as necessidades do setor, que passou a ver a sua atividade menos presencial. Por outro lado, a descida também se deve ao facto de que a maioria das redes imobiliárias “não adotou o primado tecnológico como facto alavancador de negócios”, avançou a consultora Imovendo.
O ano de 2020 veio apenas consolidar a crescente adoção de canais digitais por parte das imobiliárias, que os utilizam como montras e centros de apoio às questões do setor. O ano marcado pela pandemia obrigou as agências e empresas imobiliárias a transformarem a sua forma de venda e exposição, culminando numa adaptação tão drástica quanto necessária.
Essa adaptação tecnológica chega a 2021 como não só uma quase-obrigação das empresas pertencentes ao setor imobiliário, mas também se tornou uma mais-valia quase inquestionável, que transmite segurança a possíveis compradores e que ajuda na manutenção do bem-estar do setor.
Apesar da falta de adaptação de algumas redes imobiliárias, a HipoGes sabe que o Portal sempre esteve um passo à frente e tem como principal plataforma o digital e o online.
O digital não é a única novidade de 2021
Tendo em conta o que marcou 2020, a consultora Imovendo fez algumas previsões em relação ao ano de 2021.
No que toca ao crédito à habitação, a consultora afirma que apesar de se ver uma crise gerada pela pandemia de Covid-19 “não deixa de ser surpreendente que o dinamismo evidenciado pelo crédito à habitação seja contra-cíclico, crescendo mais de 6,3% nos primeiros 10 meses de 2020, em termos homólogos, e assegurando, mesmo nos meses do primeiro confinamento, um fluxo de novos financiamentos superior a 830 milhões de euros”. A Imovendo que o ano de 2021 continuará a demonstração valores crescentes, em particular a partir do segundo trimestre, quando se visualizar o início da recuperação económica.
Quantos às tendências no segmento do turismo, a consultora considera que “os próximos 12 meses dificilmente permitirão uma inflexão desta tendência, o que contribuirá também para uma descompressão da procura imobiliária e consequente necessidade de ajustamento dos asking prices”, afirma.
E quanto ao segmento da habitação, viu-se uma crescente de novas tendências que perduraram durante o ano de 2021, sendo que se tornam as principais consequências do primeiro confinamento devido à pandemia.
São estas tendências a crescente procura por casas maiores com jardim ou, até mesmo, por apartamentos com algum espaço exterior (possível de observar no crescimento de 50% da procura por vivendas e moradias) e a nova valorização dos apartamentos, enquanto espaços orgânicos que se adaptam às novas necessidades, agora que a habitação não é apenas um espaço onde dormir.
