Promovida pela Unión de Créditos Inmobiliarios (UCI) e pela Spanish International Realty Alliance (SIRA), foi desenvolvida a iniciativa #InmocionateEnCasa. Desde 19 de março que esta iniciativa online reune diariamente mais de 1.000 profissionais do sector imobiliário, para discutir e analisar as questões mais atuais que influenciam o sector.
Após mais de 60 horas de análise, o SIRA obteve 7 conclusões sobre as tendências que irão afectar o sector imobiliário após a pandemia da COVID-19:
1. Digitalização. Sem dúvida
A grande linha de vida desta crise para o desenvolvimento da maior parte da atividade económica é a tecnologia. A transformação digital em que o setor imobiliário estava imerso acelerou-se incrivelmente quando a crise da pandemia entrou. Durante este tempo, a maioria dos profissionais afirmou ter realizado videoconferências com clientes, comunicações comerciais através do WhatsApp e outras soluções tecnológicas que lhes permitiram continuar a atividade a partir de casa. Os canais digitais são os grandes reforços desta nova situação.
2. Visitas online
A necessidade de reforçar os protocolos de segurança para visitar residências significa que as visitas online se tornaram claramente a principal alternativa não só durante o confinamento, mas também durante as fases de calamidade e na futura normalidade.
3. Aluguer residencial, não turístico
O grande abrandamento do turismo e a incerteza quanto à sua evolução a curto prazo levaram os investidores a refugiarem-se nos alugueres residenciais. Esta tendência começou em 2018 e foi altamente acelerada pela pandemia.
4. Reinventa-se a presença comercial
Há pouco futuro para as agências de rua que não se preocupam com aspetos digitais como o SEO, a Web ou as redes sociais.
A combinação dos dois canais (online e offline) é a única forma de oferecer o serviço que o novo cliente irá procurar.
5. Os investidores já chegaram
Espera-se a coexistência de duas realidades: Uma diminuição geral do preço dos ativos e um excesso de procura pelas casas mais atractivas. “O bom produto, se estiver a um preço adequado, é procurado e não levará muito tempo a vender, pois já há muitos investidores e aforradores a analisar o mercado”, diz Toni Expósito, director-geral da Comprarcasa.
6. Mudança de preferências
O estado de emergência e o confinamento trouxe ao de cima os benefícios de certas características das casas, tais como uma varanda ou um jardim. O comprador vai agora analisar as suas preferências de habitação sabendo quais as qualidades o poderão favorecer, caso uma situação semelhante se repita no futuro. Irá também considerar a mudança de um centro urbano para uma área de subúrbios – fator que também é influenciado pelo teletrabalho.
7. Formação contínua
Os profissionais do setor não se podem esquecer que o ambiente em mudança e dinâmico no qual exercem a sua atividade está sujeito a uma aprendizagem constante, a fim de competir e sobreviver no mercado.
Os profissionais do setor imobiliário devem ter uma formação constante e atualizada para melhor fazer face a esta realidade em mudança do qual o sector se move.